sábado, 4 de junho de 2011

Igreja em festa


Dom Naudal Gomes da Diocese Anglicana de Curitiba


Aniversário da IEAB


Há dois anos visitei o Seminário de Virgínia – VTS - de onde vieram nossos missionários. Pude vivenciar com profunda reverencia e emoção uma liturgia eucarística na bela capela, onde há belos vitrais dedicados a missão, com vários outros símbolos lembrando a vocação das pessoas desse lugar. Ali está uma placa da IEAB homenageando, no seu centenário, aos pioneiros enviados pelo VTS.
Me reencantei com a missão ao lembrar nossa história, relendo de capa a capa o Livro do Oswaldo Kickofel, Notas para uma História da IEAB. Me reencontei com a missão ao lembrar o ardor missionário dos estudantes, professores e famílias do VTS, que fundando a Sociedade Missionária, passou a enviar seus estudantes recém formados e recém ordenados para apresentar Jesus Cristo de acordo com nossa maneira de ser em terras distantes. Particularmente para o Oriente. Entretanto, o Espírito Santo, enviou alguns para o Brasil. Me reencantei com a missão ao recordar a perseverança e determinação de Morris, Kilsonving, e Meen, inicialmente, que recorreram a todas as instâncias da Igreja dos USA para ter autorização para a viagem missionária e para levantar recursos suficientes para tal. Para isso, foram em peregrinação por várias igrejas, falando entusiasmadamente sobre o projeto missionário para o Brasil, sensibilizando a muitas pessoas que contribuíram generosamente, não só para a viagem, mas para o sustento da missão nos primeiros tempos. Fiquei profundamente sensibilizado e emocionado diante da cruz celta, assinalando a sepultura do Rev. Morris, nos jardins do Seminário de Virginia.

Há poucos dias, recebi relatório de nossa CONFELIDER, realizada ano passado, onde pode-se ler, entre outros importantes compromissos e recomendações, algo que me entusiasma e deve nos tocar muito, diz “queremos ser apaixonados por Jesus Cristo e pela IEAB, onde a razão não endurece o coração”... “o compromisso com a inclusividade, a transformação e a profecia” . Como participei dessa conferência, posso testemunhar que isso significa ser apaixonado pelo serviço, pelo amor fraternal, na ação e testemunho profético, no diálogo, na oração, na coerência entre o que oramos e o que fazemos, na aceitação e respeito pelo diferente... E, certamente, “apaixonarmos pela IEAB”, não significa reafirmação doutrinal nem ações proselitistas, tampouco afirmações apologéticas em defesa da instituição, mas significa assumir verdadeiramente e integralmente a sua maneira de ser, o jeito de ser episcopal anglicano, que é singular e nos diferencia das demais denominações cristãs. Contudo, reconhecemos e respeitamos o valor, a espiritualidade e a maneira de ser das demais igrejas cristãs e religiões.

Ao celebrar nosso aniversário, recordando que em 1º de junho de 1890, Morris, Kinsolving e uma grande congregação, celebraram nosso primeiro culto, em português, no Brasil, iniciando oficialmente a IEAB, me reentusiasmo e reencanto pela missão e pela IEAB, juntamente com muitos clérigos/as e leigos/as da nossa Diocese e Província.

Graça e paz,

+Naudal

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