segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Vida e Liturgia, preparando-se para o Advento.

 
No sábado, 10 de Novembro de 2012, a partir das9h até 17h, teremos nosso encontro sobre "Vida e Liturgia, preparando-se para o Advento.".
Nosso assessor Pe. Reginaldo Veloso

Um novo ano Cristão se inícia com o Advento que se aproxima. Momento de reflexão, de espera, de preparação, de arrumar a casa, o quarto para a Criança que vem! Toda gestação requer cuidado, dedicação e atenção. Sendo assim, convidamos você, e sua comunidade, a participar conosco de um sábado de convivência para conversar sobre "Vida e Liturgia, preparando-se para o Advento", cujo assessor será o Pe. Reginaldo Veloso. Naquele, sábado, teremos a presença agradável de nosso Bispo, Dom Sebastião Armando. Será um momento muito especial para nossa Igreja.

Venha participar com a gente da Liberdade! Desde já garantimos as Boas-vindas! Faça sua inscrição pelo grupo no Facebook Ponto Missionário da Liberdade.

domingo, 7 de outubro de 2012

Monge Marcelo Barros recebe Prêmio de Construtor da Paz 2012




Monge Marcelo Barros

Cidades e comunas da província de Cezenna e Forlí, perto de Rimini criaram o prêmio da paz. Essa é a primeira edição de um prêmio anual que é simbólico (consta de um diploma e o ícone de um crucifixo antigo, símbolo da cidade de Longiano) e ligado a uma marcha anual pela paz. O critério dos organizadores é oferecer esse prêmio a alguém que se distinga por seu trabalho no plano da interculturalidade e do diálogo, seja de gêneros, seja o diálogo interreligioso. Para receber esse primeiro prêmio como construtor da paz 2012, o escolhido foi o monge beneditino Marcelo Barros, brasileiro, natural de Camaragibe, em Pernambuco e que atualmente vive em Recife. Desde a juventude, Marcelo se consagra ao diálogo com as culturas e religiões afrobrasileiras e atualmente trabalha no plano latino-americano da integração das culturas. Esse trabalho é feito a partir da inserção e do compromisso com a luta de libertação do povo, especialmente dos lavradores e pessoas das periferias urbanas. No Brasil, ele é membro da Comissão pela Diversidade Religiosa na Secretaria Especial da Presidência da República para os Direitos Humanos e, em abril passado, foi eleito secretário para a América Latina da Associação Ecumênica de Teólogos/as do Terceiro Mundo (ASETT). Tem 44 livros publicados, dos quais 14 traduzidos ou editados diretamente na Itália. Acompanha frequentemente grupos de solidariedade e dialoga com grupos cristãos que não se sentem inseridos nas estruturas comuns da Igreja.
Na cerimônia de recepção do prêmio no Castelo sede da fundação, Marcelo Barros afirmou que aceitou o prêmio não porque se sentisse merecedor, mas para merecê-lo. Disse ainda que o recebia em nome do seu grupo de irmãos e irmãs ligados à teologia pluralista da libertação. Afirmou ainda que no Brasil muitas pessoas e grupos mereceriam esse prêmio bem mais do que ele e deu o exemplo dos companheiros/as do MST e dos movimentos populares. Em poucos minutos de conversa, ele tinha conquistado todo aquele auditório da comuna, repleto de adultos e de muitos jovens. Respondeu a perguntas do prefeito da cidade, de um professor da Universidade Regional e do público em geral. Declarou que a base do diálogo intercultural e interreligioso é a espiritualidade ou seja, uma cultura de amor e solidariedade que nos faz sempre ser abertos ao outro e ao diferente. Reconheceu que os obstáculos mais frequentes para essa abertura intercultural e portanto para a construção da paz no plano das religiões é o dogmatismo e o autoritarismo. Também denunciou o patriarcalismo como chaga que fere a sociedade. Quando perguntado se se sentia tão valorizado em sua própria terra e pela sua Igreja como o é pelas comunidades da Itália e de outros países, respondeu que se sente muito bem com as comunidades eclesiais de base e com os movimentos da pastoral social. Alguém lhe perguntou: Como reage quando sente que alguém não concorda com suas ideias e não o aceita? Ele respondeu: Procuro superar o sofrimento afetivo que isso provoca em mim e compreender as razões pelas quais a pessoa não me aceita. O público aplaudiu. (de Leonello Renno, no Correio de Longiano, 29 de setembro 2012 – traduzido do italiano).




sábado, 6 de outubro de 2012

Sonhos possíveis

Por Izaias Silva

Hoje, tivemos uma excelente tarde de reuniões e uma bela oração vespertina!

Começamos com a apresentação de Millena dando um relatório sobre sua viagem a São Paulo para representar a REJU-PE - Rede Ecumênica da Juventude de Pernambuco, ação missionária local. Conversamos bastante sobre os Caminhos ecumênicos que nossa comunidade deeja trilhar.

Em seguida, às 18h, tivemos um belísimo momento de oração, onde lemos o evangelho do dia e refletimos sobre o texto "Cruz, sinal de fé, recomeço e continuidade", oramos em gratidão pela vida de César Ramos, candidato a prefeito para Jaboatão dos Guararapes.


Depois, às 19h40, começamos a conversar sobre o dia das crianças. Um momento especial de recomeço de nossa Pastoral Infantil. Decidimos, especialmente, as atividades da comemoração do dia das crianças, que ocorrerá no próximo sábado, 13 de ouubro, a partir das 14h. O tema será: "Jesus me ensina a viver bem"

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Cruz, sinal de fé, recomeço e continuidade



 Por Izaias Silva*


Cruz do Ponto Missionário da Liberdade**

A gente sabe, a história nos conta a importância dos símbolos para animar a nossa fé.  Sendo assim, podemos dizer que, todas as formas que expressam o nosso cuidado e respeito à Tradição Cristã são importantes e imprescindíveis para animar a Caminhada. Velas, cores, flores, ícones e imagens, o cheiro dos incensos, os lindos cânticos, carregados de simbologia, são formas de revelar a beleza de Deus como alvo de nosso culto, de louvor e adoração.  O simbólico nos remete a toda a Caminhada do povo ao longo do tempo. Uma determinada forma de cultuar, por exemplo, pode ser preservada a partir da experiência de fé de um especifico grupo religioso a ponto de ser reconhecido só pela maneira de vivência-la em seu cotidiano.
É claro que a dimensão simbólica ultrapassa os limites do espaço religioso. A camisa do time preferido, a aliança do casal apaixonado, a bandeira do país de origem, o cheiro de um perfume que nos remete ao amor do passado, um papel com os primeiros rabiscos feitos por nossas crianças como homenagem do dias das mães ou dos pais, tudo pode ser sinal, afetivo e misterioso, com o propósito de preservar na memória da gente a importância do que se viveu.
A Cruz recolhe em si todas essas maneiras de expressão vitoriosa do amor. Também carrega o resultado de ódio e guerra pela vida afora. Sob suas formas mais variadas encontramos particularidades reservadas a cada uma delas. Cruz franciscana, Cruz beneditina, de São Damião, Cruz de El Salvador que representa a história do mártir Dom Oscar Romero, a nossa Cruz Celta. Cada qual trazendo essa mistura louca de sangue, suor, luta, derrotas e vitórias da gente que veio antes de nós fazendo o Caminho possível da fé que conhecemos hoje. Ora como gente perseguida, ora como perseguidora. Ora libertando, em outros momentos oprimindo.
Se não tivesse todo o conjunto histórico de fatos e causos, do recheio da Tradição religiosa, se não fosse impregnada de morte, ressurreição e vida, dois pedaços de madeiras sobrepostos e cruzados nenhum significado teriam. Mas a história conta, nem precisava lembrar, que tudo recomeçou com sangue sendo derramado sobre ela. Com vidas, em sua volta, que buscavam preservar, também, os símbolos da sua respectiva Tradição religiosa, nesse caso, judaica. Essa gente, a partir da memória da sua ancestralidade, da troca de receitas culinárias, da cozinha da casa, do quarto antes de dormir, da cama entre um suspiro e outro de amor, da pele dos corpos embriagados de desejo, das conversas perto dos muros das cidades, dentro e fora do templo, nas montanhas e vales, das brincadeiras de crianças, trazia o desejo de manter sua fé e prática religiosa intactas, sem rupturas nem contaminações. Sangue derramado sobre Cruzes, vidas findadas, histórias findas, mesmo antes do episódio de Jesus narrado nos Evangelhos.
Mas, particularmente, cada Cruz tem sua própria história e cada vida tem sua própria Cruz. Hoje, por desgraça, quase deixamos que, injustamente, se perca o seu terrível sentido, servindo quase sempre apenas como objeto degradado e vazio de decoração. Esquecemos as dores impregnadas em sua imagem. A de Jesus é a nossa maior referência por isso a usamos em nossos corpos, pendurada ou tatuada, em nossos altares ou em frente a nossos templos, porque na Cruz dele está a nossa própria história.  
Na atualidade, a Cruz que nossa gente leva sobre si é representada pelas marcas de seus corpos. Corpos mutilados, doentes, olhos chorosos, barrigas vazias, mãos estendidas. Nossa gente esquecida e abandonada, com suas dores e desencanto, está nas ruas, nos morros, nas favelas de nossa cidade. Gente esquecida que relembra, como sinal de fé, que é necessário e urgente continuar a Caminhada. Nessa gente, nossa gente, a Cruz é encarnada dando forma ao Jesus rejeitado. Nós, da religião, seja ela qual for, nem temos olhos para ver, ouvido para ouvir e mãos para estender porque nos encontramos em plena ocupação com as atividades e manutenção do templo.
Que sinal devemos fazer? Que sinal devemos viver? O símbolo da cruz, em gesto, cruzando o rosto em direção ao peito e aos ombros?  Ou a partilha do pão, numa Eucaristia viva, com nossa gente marginalizada?  Como dizia o poeta: “Caminhemos, talvez nos vejamos depois” isso porque a vida é cumprida e a estrada é alongada. Sendo assim,relembrando Jesus: “Apartai-vos, tive fome e não me deram de comer, sede, fui estrangeiro, estive nu, doente, fui abandonado! Apartai-vos”

Veja as fotos da colocação da Cruz de nosa Capela
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* Izaias, teólogo, anglicano, ministro pastoral auxiliar do Ponto Missionário da Liberdade
** Nossa Cruz há dois meses foi, finalmente, colocada em frente a nossa Capela por dois jovens, Alexandre Roseno e César Ramos, a eles nossa gratidão. A mesma foi um presente do Seminário Anglicano de Estudos Teológicos - SAET, no ano de 2011. Agradecemos ao Revdo João Peixoto, reitor do referido seminário pelo presente a nossa comunidade. Teve toda uma luta de envio para comunidade. A nossa Cruz é de cimento armado. Assim, agradecemos o apoio de nossa Catedral Anglicana da Santíssima Trindade, na pessoa do Revdmo. Deão, Sérgio Andrade.

Brasis - Diocese Anglicana do Recife

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