domingo, 30 de junho de 2013

Sem comentários




Comentários sobre o jogo e as manifestações no Rio(é estou assistindo, estou em Paulo Afonso, depois de uma reunião com a REPENSAR, parceira de KOINONIA, numa ação educativa com jovens, em favor da justiça socioambiental):

a) As Manifestações estão acontecendo, com alta repressão da PM, no Rio. O protesto é pela inversão da perspectiva política. Não que megaeventos deixem de ter relevância para o País. Porém, há mais relevância na solução das pendências: Reforma Agrária, Política, Tributária, Aperfeiçoamento no tratamento da Saúde, Aperfeiçoamento do ensino público pelas instituições do Estado e com rigoroso controle social das Mantenedoras das instituições privadas, dentre outras questões, como a própria mobilidade urbana (causa original da atual onda de manifestações);
b) Há manifestações simultâneas em várias cidades do Brasil, muitas delas as mesmas que a Globo produziu as "torcidas" da Copa;
c) O jogo está sendo muito bom, e, certamente, há muito interesse na vitória do Brasil. Porém, quem tem maior interesse nessa vitória? Vou supor o básico e algumas questões colaterais: - o time brasileiro deve ter interesse na vitória, não há porque supor o inverso; - a Globo deve ter muito interesse na vitória, aumenta a audiência, os contratos de serviços de propaganda ficam mais caros e ela pode justificar a não cobertura das manifestações ao mesmo tempo que o jogo; - ao governo federal? Não creio! Seria algo que interessaria mais aos governos estadual e municipal do Rio, que fizeram muitos investimentos anti-populares para que a cidade fosse aparelhada para a Copa.
d) Então, o jogo está vendido? O bolão dos jogadores brasileiros no jogo é teatro? Alguém manipulou muito para a vitória do Brasil? Minhas respostas às três perguntas são a mesma, e tem duas versões, uma curta e outra longa. A curta é: Não, e a longa é: Não mesmo!
e) Como diria Roberto da Mata, temos que entender como o futebol é parte da cultura brasileira. E eu diria tanto quanto as manifestações e arte da luta política também são, embora esta última, o que, infelizmente, recebe pouca atenção de nossa antropologia useira e vezeira em afirmar uma versão de uma "brasilidade acomodada"... Não há esse comodismo todo, nem tudo se explica só por uma versão negativada do jeitinho... ou do "você sabe com quem está falando", e ainda bem que é assim.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Abdias Nascimento, profeta contemporâneo

Sinopse
Abdias Nascimento foi um dramaturgo, pintor, escritor, professor, deputado e senador da República. Em 1944, Abdias criou o Teatro Experimental do Negro. Na época, uma iniciativa totalmente insólita que tentava promover a inclusão de atores, diretores e autores negros. Dessa experiência revolucionária sairiam grandes nomes da dramaturgia brasileira, como Léa Garcia e Ruth de Souza.
Mas essa é só uma das várias frentes de luta de uma vida toda dedicada à militância pelos direitos dos negros. Como parlamentar, Abdias Nascimento apresentou diversos projetos para reduzir a desigualdade racial. É dele o primeiro projeto de lei propondo ações compensatórias como políticas públicas de igualdade racial. No cenário político, Abdias figura como um dos expoentes do PDT, vinculado ao partido e ao seu criador, Leonel Brizola, desde as primeiras conversas para criação da legenda, ainda no exílio.
No documentário, baseado no último grande depoimento gravado por Abdias, também estão contadas histórias de uma trajetória difícil, que inclui prisões e perseguição na época da ditadura. Ao mesmo tempo, Abdias rememora passagens engraçadas, como as confusões do tempo em que esteve no Exército, na década de 1930, e as viagens do grupo de poetas que se intitulava Santa Hermandad Orquídea pela América Latina.


FICHA TÉCNICA:
Roteiro e Direção
FERNANDO BRITO (BOLA)
Pesquisa
ANDRÉ BERGAMO
FERNANDO BRITO
Produção
ANA BEATRIZ ARRUDA
HIRAN ALBUQUERQUE
PEDRO HENRIQUE SASSI
Imagens
CLÁUDIO ADRIANO
Assistente
SANTIAGO DELLAPE
Ilustração
DANIEL CARVALHO
Videografismo e Animação
TIAGO KEISE
Edição
RUBENS DUARTE / GUEM TAKENOUCHE
Montagem e Finalização
GUEM TAKENOUCHE
Narração
ANA DELMONTE
Participação especial SALVADOR como RODRIGUES ALVES na cena “DANÚBIO AZUL”
Trilha Sonora Original
ESTÚDIO AUDIOTECH - DF

Para quem quiser baixar este e outros documentários, clique aqui

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Reflexões de um palestino pernambucano




Não escreverei um longo texto sobre a manifestação de hoje no Recife mas destacarei alguns pontos por mim observados, registrando que a análise se fez sob a ótica de quem chegou ao Marco Zero por volta das 17:30 horas e saiu por volta das 20.
1) Primeiramente, não devemos ter pudor em enxergar de maneira positiva a disposição das pessoas das diferentes classes sociais em revelar sua indignação contra o estado de coisas que impera no Brasil;
2) Como a manifestação aparentemente não tinha líderes prevaleceu a espontaneidade a organização difusa e pulverizada. Fica a pergunta: por que não acreditarmos em mudanças oriundas de uma sociedade civil desorganizada ?
3) A absoluta falta de conteúdo, de substrato ideológico, é reflexo de uma geração forjada numa pos-modernidade marcada por individualismos, superficialismos e hedonismos;
4) Como produto dessa falta de consciência irrompe a visão estreita e a tentativa de sufocar a presença de representantes de partidos políticos nas manifestações, algo absolutamente inadmissível porque em qualquer democracia representativa estes são o seu sustentáculo;
5) Protestava-se contra tudo, desde as legítimas bandeiras de democratização da comunicação (o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo), de garantia do poder de investigação do MP (não à PEC 37), de repúdio à corrupção, passando por demandas particularizadas (animais, atos médicos, golpe contra Dona Dilma), perdendo-se o foco no que realmente deveria ser questionado: o sistema capitalista, responsável por toda esta crise mundial;
6) Não se pode negar a força da internet e das redes sociais, alavancando movimentos como a primavera árabe e o nosso protesto aqui em Recife. Por sinal, graças a era da informação a entidade judaico-sionista chamada Israel vem sofrendo, nos últimos anos, derrotas diplomáticas e militares consideráveis, vide a ascensão da Palestina a estado-observador na ONU e a frustrada tentativa de promover mais um genocídio em Gaza no final do ano passado.
7) Por último, de nada adiantou o governador impedir as servidoras e os servidores estaduais de participarem da manifestação (na quarta ele decretou ponto facultativo por causa da porcaria do jogo da selecinha), na tentativa de boicotar a passeata. O fato é que suas manobras, incluindo a redução de dez centavos na tarifa, não surtiram efeito e o povo foi às ruas do Recife protestar, causando estrago no seu ambicioso projeto personalista de disputar a Presidência da República em 2014.
Ponto final.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Por que o Brasil protesta?


Transporte público
As mobilizações tentam barrar os reajustes das passagens e clamam por mais qualidade e pela implementação da tarifa zero
Copa do Mundo
Os elevados gastos com a realização de grandes eventos esportivos têm causado indignação. Pede-se a aplicação desses recursos em áreas como saúde e educação
PEC 37
Manifestantes protestam contra a proposta de emenda à Constituição que tira poderes de investigação do Ministério Público
Reforma política
A sociedade quer destravar a discussão, engavetada há mais de 20 anos pelo Congresso
Aborto
Ao estabelecer que o nascituro existe a partir da concepção e não do nascimento, o estatuto em discussão no Congresso emperra a discussão sobre o aborto e encontra resistência
Livre orientação sexual
Cresce o movimento contra o projeto de cura gay, aprovado ontem na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados
Memória
Os movimentos lutam pelo direto à memória, à verdade, à justiça e contra os crimes da ditadura militar
Voto secreto
Com o slogan de “voto secreto não, quero ver a cara do ladrão”, pede-se que todas as decisões sejam públicas no Congresso e nas demais casas legislativas do país
Direitos humanos
Atos de violência e repressão desproporcional em conflitos na cidade, no campo e contra povos indígenas e quilombolas mobilizam a população
Corrupção
Mais uma vez, o povo pede mais transparência e o combate aos malfeitos.

http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/politica/2013/06/19/interna_politica,445682/saude-educacao-direitos-iguais-confira-a-ampla-pauta-de-reivindicacoes.shtml
*Doutor em Teologia. Graduado em Filosofia e Teologia, mestre pela Pontifícia Faculdade de Teologia de São Paulo (1994) e doutor em Teologia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2004). Professor da Universidade Católica de Pernambuco, onde trabalha com Teologia e coordena o mestrado em Ciências da Religião. Membro da Sociedade de Teologia e Ciências da Religião do Brasil, mantém pesquisa sobre teologia e diálogo inter-religioso, metodologia teológica e transdisciplinaridade.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Batismo de Otto

 Por Gerson Vicente* 


Ao conhecer o pequeno Otto, pude perceber duas características marcantes na sua vida. A primeira foi a alegria espontânea, pois durante o culto estava sempre brincando sorridente, a segunda foi a energia, pois não parava quieto um só instante, rsrs. A palavra alegria aparece 150 vezes nas Escrituras e não por acaso. Em Gálatas 5:22 percebemos que a alegria é um dos frutos do Espírito, não a tristeza ou o desencorajamento. Quando permanecemos cheios do Espírito Santo todos os dias, Ele nos dará energia e inspiração para sermos “repletos de alegria” em meio às circunstâncias. Em Salmos 16:11 percebemos que na presença de Deus existe abundância de alegria e essa abundância já é nítida na vida de Otto. Ao observar Otto, comecei a entender um pouco mais o que Jesus disse em Marcos 10:14: “Deixai vir a mim as crianças. Não as proibais, porque o Reino de Deus é dos que são como elas.” Realmente, como poderia existir um Reino cheio de alegria sem a felicidade espontânea e irradiante de crianças como Otto?




No entanto, este dia foi bastante marcante na vida de Otto, pois foi o seu Batismo. Nesse momento simbólico de grande significado, comunhão e reflexão, houve o reconhecimento público da existência do Espírito Santo na sua vida e a consagração do seu futuro à Santíssima Trindade. No Batismo, celebramos o novo nascimento, agora não mais pelo ventre da nossa mãe, mas pelo derramar do Espírito Santo, simbolizado pela água, fonte da vida. Através dessa celebração, comunicamos ao mundo que a nossa existência não se resume apenas ao aqui e agora, ao mundo apenas material, mas também ao mundo espiritual, um aqui e agora diferente, e esse mundo se estende pela eternidade com Jesus Cristo no Reino de Deus. É através dessa comunhão em espírito com o Criador que nós encontramos a fonte de esperança, energia e alegria para enfrentarmos qualquer obstáculo em um mundo de caos e sofrimento. Além disso, nesse momento, a família assume uma grande responsabilidade perante a comunidade com o cuidado espiritual do pequeno Otto. Caberá a família o papel de ensiná-lo os valores cristãos, mostrando o que é viver em abundância apesar das circunstâncias e qual é a razão da nossa esperança. 

A minha oração e a de todos e todas as irmãs e irmãos do Ponto Missionário da Liberdade é que o Otto permaneça sempre com esse espírito de felicidade e com essa energia, contagiando a todos/as que estão ao seu redor, apesar das dificuldades e aflições da vida e jamais se esqueça de amar e honrar a sua família e depois, sua comunidade. Além disso, que ele jamais esqueça que existe um Deus Emmanuel sempre disposto a lhe dar um abraço e dizer: Vamos caminhar juntos a estrada da vida. Estive, estou e estarei sempre ao teu lado para te fortalecer e ajudar, em todos os momentos. Amém.


*de Tradição, histórico-progressista, Batista, formado em Ciências Contábeis, coordenador do Nucleo Educacionista de Jaboatão dos Guararapes

Impeachmant da gRobo, isso sim!



  • Eu assisto a Rede gRobo. Não sem vontade de vomitar. Minha condição financeira ainda não permite ter TV a cabo. Mas isso não deve fazer lá muita diferença. Semana passada assisti estupefato a versão da famigerada rede do que estava acontecendo em Sampa. Aliás, todo mundo sabe que, segundo essa emissora, qualquer movimento de manifestação popular tem “tudo a ver” com vandalismo. 

    Novamente, semana passada, em frente à TV, ficava de boca aberta com o que as reportagens diziam. De Paris, Alckmin (PSDB) e Haddad (PT), com aparente falta de compreensão do que andava acontecendo em nossa terra, “condenavam o vandalismo”. A OAB engrossava o coro dizendo que as pessoas estavam passando dos limites. E a gRobo buscava manipular, como sempre, a opinião pública reforçando esse discurso. Claro, o mundo está de olho no Brasil. Quanto mais rápido isolar essa manifestação, melhor. 


    Mas, não contavam, com a consciência desperta de nossa gente. Dessa vez não foi possível isolar as ações. Rapidamente vídeos, fotos, falas foram postadas por todos os lados em todas as formas, em todas as redes sociais e mexendo, sobretudo, com os sentimentos das pessoas de nossa Nação.Ontem, assisti mais uma vez a vomitável edição do Jornal Nacional. Quanta hipocrisia histórica, quanta falta de vergonha na cara, quanta falsa noção de que nós somos idiotas. Afinal, a gRobo sempre se empenhou em nos idiotizar com muita competência e afinco. Mas, ontem chegou ao seu nível máximo. Em suas narrativas os "vândalos" passaram a ser manifestantes; a violência deu lugar a não violência, ao movimento pacifico. Os políticos envolvidos na questão falaram "pianinho". E soube que até o Arnaldo Jabota andou mordendo a língua. 


    A gRobo, em suas redações, busca mostrar que está ao lado do povo, compreendendo as motivações, apoiando com veracidade os protestos. Agora, a noite, Boonnerco disse que "diante das manifestações ocorridas" deixou de acompanhar os treinos da seleção brasileira para dar maior atenção "as últimas notícias que andam acontecendo".


    E sob o mesmo comando de quem mandou baixar a borracha e mandar o lacrimogênio, a polícia, mantém distancia de quem se manifesta. E todas as reivindicações agora passam a ter coerência. Chegando até a ficar parada diante de atos isolados de vandalismo e depredação. Questionável, no mínimo. Mas, enquanto tomava café assistia Ana Maria Braga destilar o veneno gRobal: “Antes eram os caras pintadas! Hoje, são os caras limpas! E foi assim que começou o impeachment de Collor!”.


    A gRobo deve ser informada que não vamos pras ruas para derrubar o governo de Dilma. Apesar de saber que o Estado deve ser responsabilizado pela falta de estrutura de nossa nação, não é isso que queremos. Apesar de saber que o dinheiro colocado nessa Copa do mundo deveria ser investido em infraestrutura e na garantia de políticas públicas estruturais para favorecer a nossa gente. Fiquei enojado com a tentativa de manipulação imposta por sua redação de jornalismo. Não desejamos derrubar o governo de Dilma. Julgo que o nosso desejo é de participação coletiva em todas as instâncias de governo.


    Nosso próximo movimento, nossa próxima manifestação deveria (ou deve) ser em protesto franco e direto contra a Rede gRobo. Devemos questionar sua concessão, o seu papel público de formadora de opinião e sua postura política tendenciosa. E claro, devemos banir essa rede da história do Brasil. Podemos viver sem sentir saudade dela.


    Gente querida, não sei como concluir esse texto, sinceramente. Mas sei que devemos manter a consciência alerta e os olhos abertos. É um momento importante, feliz, bonito, esperado, profético, mas delicado. O que queremos é garantir nossa participação no destino de nosso pais, garantir que o Legislativo expresse o desejo de nossa gente, que o Executivo dirija esta Nação Brasileira sob nosso monitoramento político e que o Judiciário faça valer e garantir os nossos direitos.

    *Teólogo e cristão anglicano.

domingo, 16 de junho de 2013

NÃO SÃO 20 CENTAVOS



Não são apenas 20 centavos. Pensar isso é ingenuidade. É preciso outro olhar que nos leve a perceber o vinculo que há entre o que ocorre nas ruas de São Paulo e o desabafo histórico dessa geração. Não se produz tamanha revolta e mobilização sem um acumulo deliberado de frustração, descrença e raiva. A cada ano eleitoral, promessas e mais promessas de melhoria de vida, redução das desigualdades, acesso efetivo aos bens básicos da vida. Findada a eleição as promessas são esquecidas e substituídas por acordos políticos espúrios, alianças inimagináveis, conchavos, fisiologismo que levam em conta os interesses políticos pessoas e trata com descaso a voz e a vontade real do povo brasileiro, em nome de quem o poder político deveria ser exercido. Abaixo assinados, manifestações no congresso, mobilização nas redes sociais, tudo tratado pelos donos do poder como arroubos da juventude, como chegou a declarar o Senador Renan Calheiros diante da indignação nacional com a sua eleição para a presidência de senado. 

Entra ano e sai ano e as condições do transporte público no Brasil são cada vez piores. Do clamor da sociedade que se ignora continuamente para a explosão de um enfrentamento como o que estamos vendo em São Paulo bastam 5 centavos, não importa. Vejo em tudo isso, sobretudo um grito de inconformismo. O bradar de vozes que querem lutar pelo que é justo e pelo seu direito de sonhar com um Brasil diferente. E pelo direito de serem ouvidos. O grito das ruas de São Paulo ecoa um alerta da sociedade brasileira que é dia a dia esmagada por esse modelo social que reproduz o pior do individualismo, do consumismo , da competitividade, sem espaço para solidariedade. Esse grito é um “ouçam o que nós temos a dizer.” 

Sinto-me feliz em ver esses jovens nas ruas, lutando por algo mais além do ingresso da festa, do jeans novo e do iphone 5. O discurso conservador e repressivo que os condena e a truculência policial sob o apanágio do manto estatal apenas nos alerta para quão grave é a herança do autoritarismo, intolerância, conservadorismo que ainda há no nosso Estado Democrático de Direito. Fico feliz de ver esses jovens nas ruas, lembrando a cada um de nós que devemos despertar da mediocridade, da indolência, do conformismo e da omissão. E lembrando ao Estado que os ideais, os protestos, os sonhos não são e nunca foram derrubados à base de cassetetes e pedradas, mas ao contrário, foram molas propulsoras das grandes conquistas democráticas e libertárias da humanidade. 

Não são 20 centavos. É só grito que traduz o “chega, estamos cansados de ser ignorados”. Aos que fazem o Movimento Passe Livre tenho a dizer: Estamos juntos. Estou aqui no Recife, mas também estou cansada. E porque há o direito ao grito, então eu também grito.



*Roberta é Juíza Federal do Trabalho, TRT 6ª Região, doutora em Direito Público pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco, membro da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Diocese Anglicana do Recife, Catedral Anglicana da Santíssima Trindade. 

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Marcelo Barros no MTC

GENTE QUERIDA, VALE A PENA PARTICIPAR

Amanhã, sábado 08 de junho, o dia inteiro, e domingo pela manhã, Marcelo Barros, monge beneditino, estará assessorando o encontro de estudo sobre "Teologia da Libertação: a relação entre fé, compromisso social e político" para jovens do MTC (Movimento de Trabalhadores Cristãos) e aberto a quem quiser participar.
Horários: Sábado, 8h – 16h / Domingo, 8h – 12h

Local: Sede do MTC, perto da UNICAP.
Rua Gervasio Pires, 404 - Quase ao lado do Shopping Boa Vista

Opinião franca, sincera e coerente

"Quando as obras pra realização dos jogos Pan-Americanos do Rio terminaram e a conta dos gastos foi contabilizada, o número apresentado foi escandaloso. O orçamento inicialmente previsto em 2002 era de R$ 409 milhões e terminou passando de R$ 3,2 bilhões. Ou seja, um singelo aumento de 684%. Agora, o Brasil vai sediar a Copa do Mundo e receber os Jogos Olímpicos. Mantido o padrão de investimentos e a forma como eles vêm sendo feitos, serão gastos na Copa do Mundo no Brasil mais do que a soma do que se investiu nos últimos mundiais, juntando Japão, Coreia, Alemanha e África do Sul. Enquanto esses países gastaram no máximo entre US$ 6 bilhões e US$ 16 bilhões os números apontam que o Brasil vai gastar cerca de US$ 40 bilhões. A falta de transparência com os gastos públicos e os constantes recálculos sem critérios claros das obras em estádios e infraestrutura vem apontando o absurdo histórico que essa copa pode representar para este país. 

O povo brasileiro precisa de saúde, educação, trabalho, segurança, moradia, alimentação. Falta orçamento para políticas públicas que efetivamente dignifiquem a vida dos brasileiros e se pretende gastar cerca de US$ 40 bilhões para receber a copa do mundo? A quem interessa esse evento? Para quem servirá esse evento? É por essas e outras que não engulo de jeito nenhum essa copa do mundo no Brasil." 



*Juíza Federal do Trabalho, TRT 6ª Região, doutora em Direito Público pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco, membro da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Diocese Anglicana do Recife, Catedral Anglicana da Santíssima Trindade. 

Brasis - Diocese Anglicana do Recife

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PONTO MISSIONÁRIO DA LIBERDADE
4ª Travessa Santo Aleixo, 275
Santo Aleixo - Jaboatão dos Guararapes - PE
Próximo ao Mercadinho Asa Branca